

Outra questão deveras sensível é a pedofilia. Pela internet, os pedófilos podem entrar na nossa casa, mesmo tendo alarme, cães, com os pais e irmãos em casa, tornando-se uma presença invisível mas efectiva e influente. A propósito disso, há uma série na TV sobre isso, em que um apresentador de televisão norte-americano, se faz passar por crianças/jovens e atrai o manifesto pedófilo para uma casa, onde o entrevista, após o qual é detido e acusado de pedofilia. É preciso alertar os nossos filhos, os nossos amigos destes perigos para estarem alerta.
Em última análise, é premente educar a nossa sociedade no sentido de amenizar estes perigos. Neste sentido, a escola tem um papel fundamental. Relembrando o professor Carlos Gomes, este parafraseava muito Durkheim, sobre o que ele dizia na escola: “Trata-se de formar, não operários para a fábrica ou contabilistas para o comércio, mas cidadãos para a sociedade. Ainda sobre isso, no ponto 5 do capítulo 2.º da Lei de Bases do Sistema Educativo: “A educação promove o desenvolvimento do espírito democrático e pluralista, respeitador dos outros e das suas ideias, aberto ao diálogo à livre troca de opiniões, formando cidadãos capazes de julgarem com espírito crítico e criativo o meio social em que se integram e de se empenharem na sua transformação progressiva”. Assim, conseguir-se-á reforçar a possibilidade de a sociedade portuguesa poder contar com cidadãos caracterizados pela capacidade de agirem e reagirem, face a problemas concretos, nomeadamente, a injustiça social, imigração, minorias sociais, relação com sociedades com diferentes sistemas de crenças e de valores, formas de combate político baseadas na violência – com base num quadro de referência ético-político inspirado na tradição democrática e humanista. Para mais no que à questão das fraudes diz respeito, com a falsificação de identidade, utilização de cartões de outrem, está tudo relacionado com a cultura/sub-cultura de fraude que se vai desenvolvendo ao longo do percurso escolar. Com efeito, copiar, contornar as leis tem sido sinónimo de prestígio, de esperteza, de elogios e não de desaprovação, correcção. Esta sub-cultura da fraude, do copianço, que depois se reflecte na sociedade, que foge aos impostos, infringe o código da estrada e tal é considerado um feito e as pessoas gabam-se disso, é valorizado socialmente, em vez de condenado. Trabalhar as questões éticas do bem e do mal, da justiça e injustiça, é fundamental. A escola e os professores devem instruir, formar os alunos em termos técnico-cognitivo, mas devem prestar um grande trabalho ao educar estes jovens seres, que serão o futuro. Não é por acaso que costumo dizer que a Universidade é o micro-cosmos da sociedade. Porquê? Se há maus técnicos, advogados, professores, pessoas com mau carácter, corruptas, estas desenvolvem esses traços de personalidade ao longo do seu crescimento, por isso a minha perplexidade, quando colegas que conhecem a realidade universitária ficam admirados com o que se passa na sociedade?!
A tecnologia é inevitável, já não dá para travar esse rumo, mas utilizamo-la com responsabilidade. Para isso eduquemos as nossas crianças e os nossos jovens no saber e mas também no ser, é necessário formar cidadãos activos, críticos, participativos e com sentido de responsabilidade.
Referências Bibliográficas: Gomes, Carlos Alberto (2002). Democracia Política e Cidadania Democrática no Ensino Secundário
Gomes, Carlos Alberto. Ética e Justiça na Avaliação: a fraude e o ‘copianço’ no processo ensino/aprendizagem
Decreto-Lei N.º 46/86, Lei de Bases do Sistema Educativo.
Em última análise, é premente educar a nossa sociedade no sentido de amenizar estes perigos. Neste sentido, a escola tem um papel fundamental. Relembrando o professor Carlos Gomes, este parafraseava muito Durkheim, sobre o que ele dizia na escola: “Trata-se de formar, não operários para a fábrica ou contabilistas para o comércio, mas cidadãos para a sociedade. Ainda sobre isso, no ponto 5 do capítulo 2.º da Lei de Bases do Sistema Educativo: “A educação promove o desenvolvimento do espírito democrático e pluralista, respeitador dos outros e das suas ideias, aberto ao diálogo à livre troca de opiniões, formando cidadãos capazes de julgarem com espírito crítico e criativo o meio social em que se integram e de se empenharem na sua transformação progressiva”. Assim, conseguir-se-á reforçar a possibilidade de a sociedade portuguesa poder contar com cidadãos caracterizados pela capacidade de agirem e reagirem, face a problemas concretos, nomeadamente, a injustiça social, imigração, minorias sociais, relação com sociedades com diferentes sistemas de crenças e de valores, formas de combate político baseadas na violência – com base num quadro de referência ético-político inspirado na tradição democrática e humanista. Para mais no que à questão das fraudes diz respeito, com a falsificação de identidade, utilização de cartões de outrem, está tudo relacionado com a cultura/sub-cultura de fraude que se vai desenvolvendo ao longo do percurso escolar. Com efeito, copiar, contornar as leis tem sido sinónimo de prestígio, de esperteza, de elogios e não de desaprovação, correcção. Esta sub-cultura da fraude, do copianço, que depois se reflecte na sociedade, que foge aos impostos, infringe o código da estrada e tal é considerado um feito e as pessoas gabam-se disso, é valorizado socialmente, em vez de condenado. Trabalhar as questões éticas do bem e do mal, da justiça e injustiça, é fundamental. A escola e os professores devem instruir, formar os alunos em termos técnico-cognitivo, mas devem prestar um grande trabalho ao educar estes jovens seres, que serão o futuro. Não é por acaso que costumo dizer que a Universidade é o micro-cosmos da sociedade. Porquê? Se há maus técnicos, advogados, professores, pessoas com mau carácter, corruptas, estas desenvolvem esses traços de personalidade ao longo do seu crescimento, por isso a minha perplexidade, quando colegas que conhecem a realidade universitária ficam admirados com o que se passa na sociedade?!
A tecnologia é inevitável, já não dá para travar esse rumo, mas utilizamo-la com responsabilidade. Para isso eduquemos as nossas crianças e os nossos jovens no saber e mas também no ser, é necessário formar cidadãos activos, críticos, participativos e com sentido de responsabilidade.
Referências Bibliográficas: Gomes, Carlos Alberto (2002). Democracia Política e Cidadania Democrática no Ensino Secundário
Gomes, Carlos Alberto. Ética e Justiça na Avaliação: a fraude e o ‘copianço’ no processo ensino/aprendizagem
Decreto-Lei N.º 46/86, Lei de Bases do Sistema Educativo.
Fontes da imagem: bloghadouken.blogspot.com; www.boston.com/.../08/17/death_by_cyber_bully.
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