quarta-feira, 30 de junho de 2010

Parabéns Portugal

Bom dia a todos. Devem estranhar o título, num dia tão triste para Portugal. Sim, eu sei que fomos eliminados pela nossa vizinha Espanha, com quem curiosamente, nos vamos ligar através de uma linha de alta velocidade, no mínimo duvidosa e questionável. Mas não é sobre isso que pretendo falar. Quero realçar a nossa selecção porque, se há um dia atrás, haveria milhões de pessoas, em Portugal e não só a concordar comigo e a afirmar que estava a dizer banalidades, hoje, já não é tão fácil encontrar pessoas que partilhem da minha opinião. Tal explica-se pelo facto de ser tipicamente português passar do 8 ao 80, num ápice, de bestiais a bestas. Isto reflecte-se em toda a nossa sociedade, afigura-se transversal em todos os sectores.
Penso que com a equipa que tínhamos, fizemos um bom trabalho, honrámos Portugal (ao contrário daqueles charlatões que representaram a França, por exemplo). Acredito no trabalho de Queiroz, que aposta no esforço, no estudo, na análise e não tanto no show-off. Agradeço à selecção porque ao longo do jogo de ontem, acreditei que podíamos ganhar à campeã europeia, o que seria impensável semanas antes do mundial. Mas no futebol como em tudo, temos de valorizar a qualidade, a excelência, a competência e nesse sentido, felicitar a Espanha, porque foi superior.
Para finalizar, só mais duas coisas: não falem que perdemos ou que fomos prejudicados pela arbitragem nem me digam que o Ronaldo é o melhor jogador do mundo ou que a selecção portuguesa é Ronaldo e mais dez, como ouvi muitos dizerem até ontem.

E para o Ronaldo, dedico-lhe esta imagem:
Fonte: www.ojogo.pt


quarta-feira, 19 de maio de 2010

ESAS serve de arma de arremesso mediático para o PCP

Caros cibernautas, hoje pretendo pôr-vos a par de mais um triste episódio dos nossos partidos políticos. Desde o 25 de Abril de 1974, PCP, PPD/PSD, CDS/PP E PS têm conduzido o rumo do nosso país e como todos podem constatar, esse rumo tem sido no mínimo sinuoso e desastrado. Hoje, o problema maior do país prende-se com a grave crise económica e financeira e a respectiva situação da economia portuguesa, das suas finanças públicas, das opções estratégicas no que diz respeito aos investimentos, nas questões que envolvem os impostos. Lamentavelmente, o Partido Comunista Português que se afigura um defensor do país, que se vangloria do seu papel pós-25 de Abril, que em todos os debates parlamentares, televisivos e outros show-off, se apresenta como arauto dos trabalhadores, do povo, que protagoniza ataques superficiais, levianos e mediáticos em todos os sentidos, vem, nos últimos dias, apontar as baterias a uma situação ocorrida na Escola Secundária de Alberto Sampaio, em Braga. Conheço a situação por dentro por ser professor estagiário nessa escola. Segundo o PCP:

«O Grupo Parlamentar do PCP teve conhecimento de que na Escola Secundária de Alberto Sampaio, em Braga, os professores foram convocados formalmente para o “serviço de coordenação, preparação e acompanhamento das mudanças de instalação da Escola, de forma a garantir a abertura regular das actividades lectivas para início do 3º Período”. Infelizmente, este caso veio consubstanciar as críticas e receios do PCP sobre o actual modelo de gestão das escolas. A concentração do poder no Director pode potenciar este tipo de decisões e comportamentos, que são inadmissíveis, pois não representa qualquer dever ou competência dos professores este tipo de tarefas. Mais entendemos que a componente pedagógica e lectiva do horário dos professores deve assumir a sua maior preocupação no decurso do exercício da sua profissão. A desvalorização dos professores, do seu trabalho e dedicação, das suas carreiras e próprio papel no seio da escola pública conheceu profundos ataques com a aprovação do Estatuto da Carreira Docente pelo anterior Governo do PS e mantém hoje, pese embora as alterações conquistadas com a luta destes profissionais, os principais objectivos. A valorização da escola pública democrática e a concretização do direito à educação não pode ser inseparável da valorização de todos os profissionais e estudantes que garantem o dia-a-dia das escolas.»

Analisemos o texto. Em primeiro lugar, utilizam um caso que mal conhecem, pois como podem constatar a maior parte do texto é um ataque ao modelo de gestão da escola, à situação dos professores e da escola pública em geral e mal descrevem a situação na Escola Secundária. Tal é sintomático da forma de fazer política do PCP que aproveita tudo e mais alguma coisa (e nada também, pois fazem casos de situações que não são casos, como acontece aqui, na minha opinião) para denegrir, atacar. Em meu entender, o presente modelo de gestão tem aspectos muito negativos e aí concordo com o que foi dito, a situação dos professores é lamentável e a escola pública enfrenta grandes desafios, mas utilizar uma situação em que a directora convocou todos os professores no sentido de ajudarem a transferirem os diversos materiais dos vários departamentos para os edifícios novos não me pareceu nem me parece nada de mais, nem me parece que envergonhe, diminua a profissão de professor (quem conhece a escola, sabe que uma das características que definem a sua essência é o trabalho cooperativo). Além disso, o PCP não se dignou sequer em fazer o contraditório e esclarecer a situação junto da direcção da escola, optando, como não seria de esperar outra coisa, de mediatizar e avolumar algo que não se justifica. Acresce, ainda, que a directora da escola, a professora Manuela reúne o apoio maioritário dos professores, funcionários, alunos da escola, porque se se pode dizer que é uma pessoa com personalidade forte, exigente, também não é menos verdade que não há ninguém na escola que se preocupe e trabalhe tanto pela escola como ela e disso sou testemunha. Agora, parece-me que o ataque à escola, não passa de um ataque pessoal à directora, que incomoda muita gente, pela determinação, afinco, energia, inteligência que emprega nos mais diversos domínios com o fim de lutar pela escola. Para finalizar, convém simplesmente dizer que a Escola Secundária de Alberto Sampaio tem-se tornado um espaço de excelência, reconhecida pela avaliação externa do ME, sendo das poucas escolas a terem obtido a classificação de Muito Bom em todos os parâmetros da avaliação.

Assim, parece-me justo que o PCP lute e desempenhe o seu papel na AR de forma a valorizar os professores, o seu papel decisivo para tornar o país mais competitivo, mais qualificado, mais desenvolvido e justo, que ajude a construir uma escola pública mais justa, mais eficaz, como um espaço de igualdade no acesso e no sucesso. No entanto, não pode servir-se de situações que mal conhece para servir de arma de arremesso para atacar reformas no ensino realizadas pelo governo do PS. Este tem cometido erros atrás de erros, o que hoje é verdade, amanhã já não o é, adia, mas diz que não adia, não aumenta impostos, ganha as eleições e aumenta, afirmam que não têm de pedir desculpas, por mais asneiras que façam, e devem por isso responder por isso, mas não utilizem a ESAS para esses ataques políticos, porque naquela trabalham pessoas dedicadas, sérias, que amam o ensino, amam a profissão de professor, por isso, meus caros políticos, preocupem-se com os reais problemas e as reais situações que existem no nosso país...

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

What a Wonderful World

Haiti...

Olá ...
Em primeiro lugar, quero dizer que lamento tudo o que está a acontecer no Haiti. No entanto, já antes do incontrolável terramoto, lamentava o Haiti, bem como um sem número de países na América, na África, na Ásia, na Europa,... Mas o Haiti, nome que se associava mais a férias, como a República Dominicana e outros, são países invisíveis até acontecerem desastres naturais. (a maior parte nem sabia onde ficava isso). Aí, tornam-se o centro da hipocrisia e do cinismo do mundo, dos actos heróicos e altruístas de quem sente um peso na consciência, ou melhor, daqueles, que tendo culpa no cartório, não querem ver a sua imagem beliscada (é mais este o caso)... Haiti, Haiti, Haiti, só se fala disso, mas até quando??? Até deixar de ser moda, daqui a duas, três semanas ou até um mês e depois Haiti? Depois, tendo sido ajudado em milhares de milhões de euros por causa do terramoto (o que não aconteceu durante anos, sendo este um dos países mais pobres do mundo) e depois? Depois, põe-se um governo fantoche e segue a vida! É REVOLTANTE, o desequilíbrio na distribuição da riqueza deste mundo, é ignóbil!!! Não percebo! Fortunas como a do Ronaldo, Figo, Clooney, Bill Gates, dos donos do petróleo, poderiam ser canalizadas para esses países. Não digo todas, só pediria 1/10, ou até menos, não sei ... Só os brincos do Reinaldo (Cristiano Ronaldo), dariam para matar a fome a quantos milhares ou milhões de pessoas??? Digam-me! E acham que por fazer um donativo, ou um jogo de solidariedade é que vão ficar bem na fita? Ficar bem na fita é dar em função daquilo que se tem, isso sim é altruísmo. Se tenho uma fortuna de 100 milhões de euros, dar um milhão é muito? Se ganho 20 000 euros por mês, ao fim do ano são 240 000 euros? Acham que fazer um joguinho de futebol, é muito?
Mas a triste realidade... é que quem tem muito, na maior parte dos casos, não tem estes sentimentos de amor ao próximo, de solidariedade, de reciprocidade, de partilha, de abraçar causas sociais e humanitárias! Imagimem, no mundo ideal, que todos os milionários, a saber, jogadores de futebol, jogadores de futebol americano, de basquetebol, de baseball, actores, empresários, músicos, cantores, donos do petróleo, etc., tivessem, por lei (já que não fazem por si), de contribuir obrigatoriamente, não para os estados, que gastam o dinheiro sabe se lá onde, mas para instituições, para países do género??? Seria, como a aquela música diz «a wonderful world»!
Eu e os meus amigos do futebol do Domingo, na maior parte dos casos, estudantes, no máximo a estagiar, vamos juntar algum dinheiro e vamos ver a melhor forma de ajudar. Imaginem só em Portugal, pelo menos 1 milhão de pessoas se juntasse e desse 1 euro? Seria um milhão de euros!!! E se dêssemos 2 euros, seria 2 milhões!
Só não está sensível a isso e receptivo, quem não viu, como eu vi, as imagens do jornal, mostrando helicópteros a atirarem caixotes com alimentos e os haitianos a correrem, como animais (todos somos, mas no caso deles, vem ao de cima os seus instintos primários), para apanhá-los ...

domingo, 3 de janeiro de 2010

Pois é...e ninguém desconfia do palhaço

O palhaço
00h30m
O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem.
O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.
Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.
O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.
E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.
Ou nós, ou o palhaço.
Mário Crespo, Jornal de Notícias de, 14-12-2009

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Cimeira de Copenhaga, entre outras ...

Meus caros, parece inacreditável (ou não) mas outros interesses «se alevantaram» nesta tão mediática Cimeira em Copenhaga em detrimento ... dos interesses do planeta. Mas nem poderia ser de outra forma. Ora esta, seria um crime não ser assim, não se privilegiar interesses económicos, interesses de elites, interesses do poder. Caso assim nao fosse, o mundo estaria de pernas para o ar, tudo andaria maluco, às avessas, ora essa!!! Imaginem um mundo onde o Estado tivesse como principal objectivo o bem de todos os cidadãos, um mundo onde a riqueza fosse repartida equatitativamente, onde a corrupção fosse censurada por todos, onde o código da estrada fosse norma para cumprir, onde quem mereça esteja na prisão e os inocentes nas ruas, onde na Assembleia da República se debatesse os problemas do país em vez de questiúnculas inócuas, onde as pessoas se preocupassem em deixar um planeta saudável, sustentável, limpo para as gerações futuras, para os nossos irmãos, irmãs, filhos, filhas, ora esta! Que mundo mais maluco seria esse? Alguém pode querer e crer num mundo deste (e ainda digo que não gosto de muitas fantasias)?
Pensem nisso, reflictam e assumam a quota parte de responsabilidades!!!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Tiro o chapéu a ... Armando Vara... nem pensar!

*"O Factor Vara"... Miguel Sousa Tavares** * /08:00 Segunda-feira, 16 de Fev. de 2009/ Toda a 'carreira', se assim lhe podemos chamar, de Armando Vara, é uma história que, quando não possa ser explicada pelo mérito (o que, aparentemente, é regra), tem de ser levada à conta da sorte. Uma sorte extraordinária. Teve a sorte de, ainda bem novo, ter sentido uma irresistível vocação de militante socialista, que para sempre lhe mudaria o destino traçado de humilde empregado bancário da CGD lá na terra. Teve o mérito de ter dedicado vinte anos da sua vida ao exaltante trabalho político no PS, cimentando um currículo de que, todavia, a nação não conhece, em tantos anos de deputado ou dirigente político, acto, ideia ou obra que fique na memória. Culminou tão profícua carreira com o prestigiado cargo de ministro da Administração Interna - em cuja pasta congeminou a genial ideia de transformar as directorias e as próprias funções do Ministério em Fundações, de direito privado e dinheiros públicos. Um ovo de Colombo que, como seria fácil de prever, conduziria à multiplicação de despesa e de "tachos" a distribuir pela "gente de bem" do costume. Injustamente, a ideia causou escândalo público, motivou a irritação de Jorge Sampaio e forçou Guterres a dispensar os seus dedicados serviços. E assim acabou - "voluntariamente", como diz o próprio - a sua fase de dedicação à causa pública. Emergiu, vinte anos depois, no seu guardado lugar de funcionário da CGD, mas agora promovido por antiguidade ao lugar de director, com a misteriosa pasta da "segurança". E assim se manteve um par de anos, até aparecer também subitamente licenciado em Relações Qualquer Coisa por uma também súbita Universidade, entretanto fechada por ostensiva fraude académica. Poucos dias após a obtenção do "canudo", o agora dr. Armado Vara viu-se promovido - por mérito, certamente, e por nomeação política, inevitavelmente - ao lugar de administrador da CGD: assim nasceu um banqueiro. Mas a sua sorte não acabou aí: ainda não tinha aquecido o lugar no banco público, e rebentava a barraca do BCP, proporcionando ao Governo socialista a extraordinária oportunidade de domesticar o maior banco privado do país, sem sequer ter de o nacionalizar, limitando-se a nomear os seus escolhidos para a administração, em lugar dos desacreditados administradores de "sucesso". A escolha caiu em Santos Ferreira, presidente da CGD, que para lá levou dois homens de confiança sua, entre os quais o sortudo dr. Vara. E, para que o PSD acalmasse a sua fúria, Sócrates deu-lhes a presidência da CGD e assim a meteórica ascensão do dr. Vara na banca nacional acabou por ser assumida com um sorriso e um tom "leve". Podia ter acabado aí a sorte do homem, mas não. E, desta vez, sem que ele tenha sido tido ou achado, por pura sorte, descobriu-se que, mesmo depois de ter saído da CGD, conseguiu ser promovido ao escalão máximo de vencimento, no qual vencerá a sua tão merecida reforma, a seu tempo. Porque, como explicou fonte da "instituição" ao jornal "Público", é prática comum do "grupo" promover todos os seus administradores-quadros ao escalão máximo quando deixam de lá trabalhar. Fico feliz por saber que o banco público, onde os contribuintes injectaram nos últimos seis meses mil milhões de euros para, entre outros coisas, cobrir os riscos do dinheiro emprestado ao sr. comendador Berardo para ele lançar um raide sobre o BCP, onde se pratica actualmente o maior spread no crédito à habitação, tem uma política tão generosa de recompensa aos seus administradores - mesmo que por lá não tenham passado mais do que um par de anos. Ah, se todas as empresas, públicas e privadas, fossem assim, isto seria verdadeiramente o paraíso dos trabalhadores! Eu bem tento sorrir apenas e encarar estas coisas de forma leve. Mas o 'factor Vara' deixa-me vagamente deprimido. Penso em tantos e tantos jovens com carreiras académicas de mérito e esforço, cujos pais se mataram a trabalhar para lhes pagar estudos e que hoje concorrem a lugares de carteiros nos CTT ou de vendedores porta a porta e, não sei porquê, sinto-me deprimido. Este país não é para todos. P.S. - Para que as coisas fiquem claras, informo que o sr. (ou dr.) Armando Vara tem a correr contra mim uma acção cível em que me pede 250 000 euros de indemnização por "ofensas ao seu bom nome". Porque, algures, eu disse o seguinte: "Quando entra em cena Armando Vara, fico logo desconfiado por princípio, porque há muitas coisas no passado político dele de que sou altamente crítico". Aparentemente, o queixoso pensa que por "passado político" eu quis insinuar outras coisas, que a sua consciência ou o seu invocado "bom nome" lhe sugerem. Eu sei que o Código Civil diz que todos têm direito ao bom nome e que o bom nome se presume. Mas eu cá continuo a acreditar noutros valores: o bom nome, para mim, não se presume, não se apregoa, não se compra, nem se fabrica em série - ou se tem ou não se tem. O tribunal dirá, mas, até lá e mesmo depois disso, não estou cativo do "bom nome" do sr. Armando Vara. Era o que faltava! Acabei de confirmar no site e está lá, no site institucional do BCP. Vejam bem os anos de licenciatura e de pós-graduação!!!!! : Armando António Martins Vara Dados pessoais: Data de nascimento: 27 de Março de 1954 Naturalidade: Vinhais - Bragança Nacionalidade: Portuguesa Cargo: Vice-Presidente do Conselho de Administração Executivo Início de Funções: 16 de Janeiro de 2008 Mandato em Curso: 2008/2010 Formação e experiência Académica Formação: 2005 - Licenciatura em Relações Internacionais (UNI) 2004 - Pós-Graduação em Gestão Empresarial (ISCTE) http://www.millenniumbcp.pt/pubs/pt/grupobcp/quemsomos/orgaossociais//article.jhtml?articleID=217516 <http://www.millenniumbcp.pt/pubs/pt/grupobcp/quemsomos/orgaossociais/article.jhtml?articleID=217516> Extraordinário... CV de fazer inveja a qualquer gestor de topo, que nunca tenha perdido tempo em tachos e no PS ! Conseguiu tirar uma Pós-graduação ANTES da licenciatura... Ou a pós-graduação não era pós-graduação ou foi tirada com o mesmo professor da licenciatura, dele e do Eng. Sócrates... e viva o BCP e o seu "bom nome" !!!
ISTO É PORTUGAL, MEUS CAROS CIBERNAUTAS!!!